Paraná registra o segundo maior crescimento histórico nas exportações de carne suína

Estado alcança resultados extraordinários no mercado externo, consolidando-se como protagonista no setor

10/04/2025 às 12:14 atualizado por Allana Ferrsouza - SBA
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O Paraná continua a se destacar na produção de suínos, alcançando a maior participação histórica em 2024. Em março de 2025, as exportações de carne suína do estado aumentaram 91,5% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, a maior variação desde fevereiro de 2016.

O Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também analisa as consequências climáticas nas culturas de segunda safra e o desempenho do Paraná em outras proteínas animais.

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Paraná exportou 19,4 mil toneladas de carne suína em março, um aumento de 9,3 mil toneladas a mais que há 12 meses. Em comparação a fevereiro, o crescimento foi de 8,9%, com 1,6 mil toneladas a mais.

Esse desempenho coloca março de 2025 como o segundo melhor mês para exportações de carne suína paranaense, atrás apenas de outubro de 2024, quando foram embarcadas 20,5 mil toneladas. A analista de suinocultura do Deral, Priscila Cavalheiro Marcenovicz médica veterinária, destaca a abertura do mercado das Filipinas, que se tornou o terceiro principal destino da carne suína paranaense, com a compra de 2,5 mil toneladas.

Além das Filipinas, outros mercados tradicionais também aumentaram suas compras. Hong Kong registrou um crescimento de 99,9%, com 2,4 mil toneladas a mais; a Argentina teve um aumento de 358,5%, correspondendo a 1,9 mil toneladas; e o Uruguai comprou 1,9 mil toneladas a mais, um aumento de 102,4%.

O boletim também analisa o preço da arroba bovina, que tem mostrado alta gradual, atualmente cotada a R$ 324,40. No entanto, em dólar, houve uma queda relevante, refletindo a desvalorização do real devido a incertezas econômicas, especialmente em relação à nova taxação dos EUA.

No setor de frango, o custo de produção do frango vivo no Paraná subiu 1,2% em fevereiro, alcançando R$ 4,87 por quilo. O preço médio pago ao produtor paranaense foi de R$ 4,64, uma alta de 4% em relação a janeiro.

O Paraná também se destacou na exportação de mel, ocupando a terceira posição no acumulado do primeiro bimestre de 2025, com 885 toneladas enviadas ao exterior e uma receita de US$ 2,845 milhões. Em comparação, no mesmo período do ano passado, foram exportadas apenas 208 toneladas.

Na cultura do feijão, os produtores paranaenses já colheram 3% dos 332 mil hectares estimados para a segunda safra, uma redução de 24% em relação à área semeada em 2024. A expectativa é colher 610,6 mil toneladas, mas as condições climáticas podem impactar essa estimativa.

Por fim, a segunda safra de milho está totalmente plantada, mas as condições das lavouras são preocupantes, com 12% das áreas em situação ruim. As chuvas irregulares e abaixo da média, juntamente com ondas de calor, têm prejudicado o desenvolvimento das lavouras.

Informações: Secretaria da Agricultura e do Abastecimento PR