O rei do café: liderança global no grão mais amado do mundo

No dia mundial do café, celebramos a força do Brasil como maior produtor e exportador mundial, impulsionando sabores e tradições que conquistam o planeta

14/04/2025 às 10:47 atualizado por Allana Ferrsouza - SBA
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O Brasil continua a ser o líder mundial na produção e exportação de café, com a Conab reportando uma produção de 54,2 milhões de sacas em 2024. Desse total, 50,4 milhões de sacas foram exportadas, estabelecendo um novo recorde histórico, conforme dados do Cecafé.

O país se destaca também na produção de cafés sustentáveis, consolidando-se como o principal fornecedor desse segmento. Em 2024, o Brasil exportou 9,1 milhões de sacas de cafés especiais, representando cerca de 20% das exportações totais, o que gerou uma receita de US$ 2,5 bilhões.

O aumento das exportações de cafés premium brasileiros tem atraído novos consumidores, especialmente em mercados emergentes como China, Índia e países do Oriente Médio. Esse crescimento no interesse internacional promete um futuro promissor para a indústria cafeeira brasileira.

Entretanto, a alta nos preços do café no Brasil tem pressionado o orçamento das famílias. Fatores climáticos adversos, como secas prolongadas e calor intenso em Minas Gerais e São Paulo, impactaram a formação dos grãos, enquanto o consumo global aumentou, especialmente com a entrada de novos mercados.

Além disso, conflitos no Oriente Médio têm dificultado as exportações e elevado os custos logísticos. O Porto de Santos, principal terminal de escoamento do café brasileiro, enfrenta problemas desde 2024, resultando em atrasos que agravam a situação.

A baixa nos estoques globais também contribui para a pressão nos preços. A previsão para o fim da safra 2024/25 é de apenas 20,9 milhões de sacas, o menor volume registrado nos últimos 25 anos, o que pode afetar ainda mais a oferta.

Especialistas acreditam que os preços podem começar a cair no segundo semestre de 2025, dependendo da colheita da nova safra, que inicia entre abril e maio. Se as perdas forem menores do que o esperado, isso pode reverter a tendência de alta.

Um clima favorável até o fim da colheita, sem geadas ou chuvas excessivas, pode melhorar tanto o volume quanto a qualidade da produção. Contudo, analistas permanecem cautelosos, pois o cenário ainda é incerto e qualquer especulação pode gerar instabilidade no mercado.

Informações: Agro em Campo