Descompasso entre compradores e vendedores desacelera negociações de soja no Brasil
Quedas nos preços externos e prêmios de exportação reduzem paridade, enquanto vendedores apostam em demanda crescente após exportações robustas em abril
As negociações envolvendo soja em grão estão lentas no Brasil, limitadas pela disparidade entre os preços ofertados por compradores e os pedidos por vendedores. Segundo pesquisadores do Cepea, demandantes estão atentos às quedas externas e dos prêmios de exportação no Brasil, que diminuíram a paridade de exportação. Além disso, o ambiente é de oferta nacional recorde e de aumento na oferta na Argentina. Já vendedores estão de olho nas exportações elevadas em abril e na expectativa de maior demanda externa para os próximos meses. Em abril, o Brasil escoou 15,27 milhões de toneladas de soja, crescimento de 4,2% sobre o volume de março e 4,2% acima do exportado há um ano, de acordo com a Secex. Trata-se do terceiro maior volume de soja escoado pelo País, atrás apenas do de junho/23 (15,58 milhões de toneladas) e de abril/21 (16,11 milhões de toneladas). Para a China, especificamente, o volume embarcado caiu 3% de março para abril.
Informações: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada(Cepea)