Alckmin destaca abertura da China ao DDG brasileiro e IPI verde na abertura do 3º Congresso Abramilho
Presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin participou do painel de abertura levando boas notícias ao produtor de milho brasileiro
A abertura do mercado chinês ao DDG brasileiro, a redução de impostos sobre carros elétricos, híbridos e movidos a etanol e um empenho maior para o avanço das obras da Ferrogrão balizaram a fala do Presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin, na abertura do 3º Congresso Abramilho. As novidades foram bem recebidas pelo público do evento, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) nesta quarta (14).
Alckmin, que além de vice-presidente é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foi um dos participantes do primeiro painel do congresso. Ele aproveitou o público de cerca de 400 pessoas para apresentar as novidades do governo federal para o setor. “A principal conquista é a abertura do mercado chinês ao DDG brasileiro, o farelo produzido durante a fabricação do etanol de milho, um mercado que cresce em progressão geométrica e contribui para a mitigação dos riscos climáticos”, pontuou.
De acordo com Alckmin, o governo federal e o MDIC estão empenhados em acelerar o andamento do projeto de implantação da Ferrogrão e há espaço para ampliar recursos e acesso ao seguro rural. “Isso porque o seguro rural é uma ferramenta fundamental para a gestão das mudanças climáticas, que são uma realidade”, explicou o presidente em exercício.
Alckmin também destacou que nos próximos dias o chamado “IPI Verde” sai do papel, com a redução na alíquota do Imposto sobre Produtos Importados (IPI) sobre veículos elétricos e híbridos. Ele também acenou positivamente à reivindicação do presidente da Abramilho, Paulo Bertolini, para dar mais atenção à armazenagem. “Vamos incluir a necessidade de ampliar a capacidade de armazenamento na nossa pauta estratégica. Vamos ao trabalho”, declarou o presidente.
De acordo com Bertollini, o potencial para ampliar a produção do milho não é o desafio, mas sim aumentar o volume disponível para armazenamento. “Crescemos em torno de 10 milhões de toneladas por ano na produção de milho. Não demora muito seremos o País do milho, superando outros grãos, com o sorgo vindo junto. Com isso, precisamos mudar a lógica de armazenagem. O ideal seria seguirmos o modelo norte-americano, onde é possível armazenar mais de uma safra inteira dentro das fazendas”, observou o presidente da Abramilho.
O 3º Congresso da Abramilho continua nesta quarta. Serão quatro painéis temáticos, sendo dois sobre economia (inflação dos alimentos e o impacto das tarifas sobre o agro) e dois sobre sustentabilidade, sendo um focado na geopolítica de exigências ambientais e outro sobre reciprocidade. Nesta terceira edição, o Congresso Abramilho tem como apoiadores Basf, Croplife e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Fonte: ABRAMILHO