Maioria dos combustíveis tem recuo em abril, mas preço se mantém alto no ano, diz pesquisa

Cinco dos seis combustíveis analisados pelo Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade registraram queda

06/05/2025 às 13:27 atualizado por Agência Estado - Estadão
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Cinco dos seis combustíveis analisados pelo Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentaram queda de preços em abril, com destaque para o diesel. Mas no ano, ressalta a pesquisa, os preços médios permanecem em alta.

 

O diesel comum caiu 2% no mês passado em relação a março, e o diesel S-10 caiu 1,9%. Também registraram queda o etanol (-0,8%), a gasolina aditivada (-0,3%) e a gasolina comum (-0,4%). O Gás Natural Veicular (GNV) foi o único a apresentar alta no período, com acréscimo de 0,5% frente a março.

 

No balanço parcial do ano, porém, todos os combustíveis monitorados apresentaram aumentos nos preços médios. O etanol lidera com alta de 5,4%, seguido por gasolina comum (+2,9%), gasolina aditivada (+2,8%), diesel comum e diesel S-10 (ambos com +2,7%), e o GNV (+1,4%).

 

Em 12 meses, as variações são ainda mais expressivas: etanol hidratado (+14,3%), gasolina comum (+8,9%), gasolina aditivada (+8,8%), diesel S-10 (+6,0%), diesel comum (+5,9%) e GNV (+1,9%).

 

Em abril, o preço médio nacional do litro da gasolina comum foi de R$ 6,397; enquanto o preço médio do diesel comum foi de R$ 6,333/litro; e o S-10, R$ 6,383. O etanol registrou preço médio de R$ 4,389 e o GNV, de R$ 4,822.

 

De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, em abril de 2025, o preço médio do etanol correspondeu a 72,2% do valor da gasolina comum no cenário nacional e 72,8% na média das capitais, o que, considerando o rendimento dos combustíveis, favoreceu a escolha pela gasolina em diversas regiões. Como ambos os porcentuais superam o patamar de 70% - considerado o ponto de equilíbrio em termos de rendimento para veículos flex -, a gasolina comum tende a apresentar ligeira vantagem econômica no abastecimento.

 

"Ainda assim, há importantes variações regionais. Estados como Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná continuam apresentando condições favoráveis ao etanol, mantendo a competitividade desse combustível nesses mercados", informou o Veloe.