Queda nos preços da lima ácida tahiti é amenizada por exportações e oferta limitada
Apesar da redução nos preços internos, a alta demanda no mercado externo e a oferta menor de frutas devido ao clima ajudam a estabilizar os valores da tahiti
O preço da lima ácida tahiti, que vinha em alta desde o carnaval, registrou queda no final de março. De acordo com o levantamento do Hortifrúti/Cepea, a fruta foi negociada a R$ 29,32/caixa de 27,2 kg na semana de 24 a 28 de março, uma queda de 7,04% em relação à semana anterior. A pressão nos preços é atribuída à oferta maior do que o esperado de tahiti de calibre inferior, menos atrativo para os consumidores.
Por outro lado, as frutas de melhor qualidade e maior calibre seguem sendo direcionadas para a exportação. No mercado externo, a tahiti no barracão é negociada a R$ 40,00/caixa de 27,2 kg, mantendo-se nesse patamar desde o início de março. Esse preço está acima dos valores registrados em janeiro e fevereiro, quando a caixa foi vendida a R$ 30,00 e R$ 35,00, respectivamente.
As exportações de limões e limas tahiti têm se destacado, ficando em segundo lugar entre as frutas brasileiras em 2024, com receita de US$ 196,15 milhões, superando a do melão. A receita das exportações de manga foi ainda maior, com US$ 350,3 milhões. No início de 2025, a receita das exportações de limões já ultrapassou o valor registrado no primeiro bimestre de 2024, refletindo a crescente presença da lima tahiti no mercado internacional.
A safra de lima ácida tahiti neste início de 2025 foi afetada pela falta de chuvas em setembro de 2024 e pelo retorno das chuvas em outubro. Como resultado, a oferta foi inferior à observada no mesmo período do ano passado, o que ajudou a conter a queda de preços e evitou uma redução mais acentuada.
Informações: hfbrasil.org.br