Preços altos reduzem presença de frutas natalinas na ceia dos brasileiros
Comercialização dos produtos típicos das festividades de final de ano cai nas Ceasas pelo segundo ano consecutivo

As frutas tipicamente consumidas nas festas de fim de ano, como pêssego, ameixa, romã, cereja, damasco e uva, tiveram queda de comercialização pelo segundo ano consecutivo. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os fatores que contribuíram para a quebra da tradição foram o aumento do custo do frete e a inflação mundial que impactou os preços das frutas importadas.
Outros pontos de destaque neste cenário são a contenção de gastos dos brasileiros, a desvalorização do câmbio, a queda da produção e o aumento de custo fizeram com que a procura pela ameixa nas Ceasas (Centrais de Abastecimento), por exemplo, caísse 9%. O volume importado foi um pouco maior em relação a 2021, mas foi menor na comparação com 2020. O pêssego, outra fruta típica nas ceias de Natal, enfrenta as mesmas dificuldades, com queda de 16% na comercialização.
No caso do damasco, que já possui valor de comercialização alto, as vendas diminuiram 31% até novembro de 2022 na comparação com mesmo período do ano passado, e as importações reduziram 3,85%.
Já a cereja, fruta muito consumida nesta época do ano e que é importada pelo Brasil principalmente da Argentina e do Chile, chegou com preços muito elevados no atacado devido à desvalorização do real e consequente absorção da inflação internacional.
A romã, fruta cultivada em São Paulo, Bahia e Pernambuco, teve queda próxima de 90% nas importações em relação a 2020, o que demonstra a redução da comercialização no país na contenção de despesas da população.
Na contramão das demais frutas, a uva deve chegar nos mercados com preços acessíveis, apesar da queda de 7% na comercialização das Ceasas analisadas.
Com informações da Conab
*Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista