Praga que atinge cultivo de cacau e cupuaçu é detectada no Acre

Presença da praga no Brasil foi confirmada através de uma análise laboratorial feita pelo LFDA/GO e IDAF/AC

08/07/2021 às 13:37 atualizado por Redação - SBA
Siga-nos no Google News

Um foco da praga Moniliophthora roreri, comumente chamada de monilíase do cacaueiro, foi detectado em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.

A presença da praga no Brasil foi confirmada através de uma análise laboratorial, realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO), em amostras coletadas no local pela equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF/AC), após ser acionado por um morador da região, que observou os sintomas da doença em frutos de cacau e cupuaçu.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está tomando as medidas necessárias de contingência, junto às demais instituições oficiais de Sanidade Vegetal e de Pesquisa. Equipes irão ao local para ampliar o monitoramento e detecção da praga e adoção de ações de contenção e erradicação, para que a praga não se alastre nas áreas cultivadas de cacau e cupuaçu no país.

A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau e o cupuaçu, causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.

“Esta é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana e que, apesar do foco detectado se encontrar distante das principais regiões produtoras, devido ao seu potencial de danos às culturas que atinge, é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais”, ressalta a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro. 

Mesmo durante a pandemia de covid-19, as equipes de vigilância e educação fitossanitária relativas à praga permaneceram em campo. Em 2020, foram realizados 1.600 monitoramentos preventivos nos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Pará, Bahia e Espírito Santo. As ações de investigação e de contingência estão previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri, instituído pela Instrução Normativa nº 112/2020.

 

Com informações do Mapa.