Pecuaristas ampliam investimentos em genética para melhorar rebanhos
Em 2024, o uso de inseminação artificial cresceu 4%, impulsionado pela busca por maior produtividade e resultados no setor de corte e leite
O investimento em melhoramento genético na pecuária brasileira cresceu 4% em 2024, com aumento no uso de inseminação artificial, segundo o INDEX ASBIA 2024, elaborado pelo Cepea/USP para a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). O estudo também aponta alta de 6% na coleta de sêmen e de 14% nas importações, refletindo o otimismo dos pecuaristas de corte e leite.
A produção total de doses de sêmen chegou a 26,2 milhões, um crescimento de 7,4% na oferta. A inseminação artificial foi realizada em 81% dos municípios brasileiros. No segmento de leite, o investimento cresceu 9%, totalizando 5,9 milhões de doses, o maior volume desde 2018. No setor de corte, o aumento foi de 3%, com 17,5 milhões de doses.
Apesar das dificuldades econômicas, os pecuaristas mantiveram os investimentos em genética, buscando ganhos produtivos a longo prazo. As exportações de sêmen, por outro lado, caíram 5%, somando 833.276 doses. “Houve aumento de 6% em coleta, 14% na importação de sêmen e de 4% no uso de doses no rebanho para melhoramento dos animais”, explica Lilian Matimoto, executiva da Asbia.
“Mesmo considerando os períodos difíceis para corte e leite em 2024, os pecuaristas não deixaram de investir em melhoramento genético. E isso deve ser valorizado. Num ano complexo, aumentou a inserção de genética melhoradora buscando um cenário melhor no futuro. Feliz em verificar o reconhecimento do mercado à mensagem da ASBIA de que genética não é um custo, mas uma ferramenta valiosa para potencializar os resultados produtivos dos rebanhos leiteiros e de corte”, ressalta.
Informações: Agrolink