Maio começa sem chuva no Sudeste brasileiro
Massa de ar seco que predomina na região impede a formação de nuvens carregadas
AgroClima
Nesta semana, a má distribuição de chuva em toda a região Sudeste do país levaram o café arábica tipo 6 ao maior preço de sua série histórica desde 1996. As áreas de cultivo, que vem recebendo baixos acumulados de chuva há vários dias, tiveram a maturação antecipada com alerta para o enchimento final dos grãos.
Para os próximos dias nada muda, o tempo segue firme com manhãs frias e tardes quentes. A previsão é de que a chuva mais expressiva retorne na segunda quinzena de maio.
Os produtores de cana do norte de São Paulo também estão enfrentando uma situação bem atípica. Normalmente o tempo mais seco dos meses de abril e maio favorece a moagem da cana, mas como a falta de chuva já vem desde o verão, os canaviais passam por uma seca extrema. Nesta região, a chuva só está prevista para retornar em 18 de maio.
A situação é bem diferente para os produtores de cana-de-açúcar do leste nordestino. A chuva, que já vem sendo frequente na região, deve chegar aos 40 mm nas áreas costeiras de cana do Alagoas, Sergipe e Pernambuco. No norte do Amazonas e Roraima, a previsão é de fortes temporais que devem ocorrer na tarde de hoje. No Pará, as pastagens também devem ser beneficiadas com essa precipitação.
No sul da Bahia o cenário não é dos melhores e a região já está com menos de 40% de água disponível no solo. Abril foi quente e seco nessa região e alguns produtores optaram por segurar o milho até maio para ver se a situação melhora. Durante o mês de maio, a região deve receber ainda pancadas de chuva isoladas, mas o melhor período para as precipitações ainda será nos meses de junho e julho.
Nas áreas de milho segunda safra do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, a água disponível nos primeiros 10 cm do solo está baixa, o que impede o bom desenvolvimento da safra. Para essas áreas a previsão é de que a seca ainda se prolongue por mais tempo.
Informações por Somar Meteorologia