Jornalistas da Rússia e Filipinas vencem Nobel da Paz
Maria Ressa e Dimitry Muratov são defensores da liberdade de expressão, diz Academia
Dois jornalistas – uma filipina e um russo – vão dividir o Nobel da Paz deste ano, segundo anunciou nesta sexta-feira (8), a Academia Real de Ciências, em Estocolmo (Suécia). A premiação levou em conta o trabalho dos profissionais em defesa da liberdade de expressão.
No anúncio, a academia afirma que Maria Ressa e Dmitry Muratov atuam profissionalmente nas Filipinas e na Rússia, respectivamente, pela “democracia e para uma paz duradoura".
"[Os laureados] são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas", afirmou Berit Reiss-Anderson, presidente do conselho do Nobel, ao anunciar os vencedores.
Maria Ressa é fundadora e diretora-executiva de uma empresa de jornalismo investigativo nas Filipinas, a Rappler (rappler.com), que atua na internet. Muratov dirige um jornal que denuncia abusos e autoritarismo do governo da Rússia.
Os jornalistas vão dividir o prêmio de cerca de R$ 6,3 milhões, além de receberem medalhas.
Brasil
O Brasil concorreu, neste ano, com a indicação do ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, responsável, entre outras ações, pela criação da Embrapa e do estabelecimento de programas que transformaram a agropecuária brasileira a partir do governo do ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979)
Com ações de Paolinelli, o Brasil transformou-se em um dos maiores países produtores de alimentos do mundo.
Os outros vencedores do prêmio Nobel deste ano são:
Medicina: David Julius e Ardem Patapoutian
Física: Syukuro Manabe, Klaus Hasselmann e Giorgio Parisi
Química: Benjamin List e David MacMillan
Literatura: Abdulrazak Gurnah
O prémio de Economia será divulgado na segunda-feira (15)
Fotos de capa: Reprodução/Twitter Academia Nobel