Funcionários do Banco Central decidem entrar em greve a partir de sexta-feira
Indicadores da economia são divulgados com atraso desde o início do ano; categoria reivindica aumento de salário como o aprovado para os policiais federais
Economia
Os servidores do Banco Central decidiram em assembleia, na última segunda-feira (28), que entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (1º). Os funcionários do órgão pedem que também sejam contemplados nos aumentos aprovados para os policiais federais no Orçamento de 2022.
A categoria estava fazendo paralisações diárias das 14h às 18h desde o dia 17 deste mês. Desde o início do ano, os servidores do órgão vinham trabalhando em esquema de operação-padrão, com as equipes trabalhando lentamente, e atrasando a divulgação de indicadores.
Nas últimas semanas, diversas publicações do BC, como o boletim Focus (pesquisa com instituições financeiras) e as respostas do questionário que antecedem as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), saíram com atraso.
Ontem (28) pela manhã, foi anunciado que o órgão não divulgará diversas estatísticas mensais previstas para esta semana, como os relatórios de contas externas, do mercado de crédito e sobre as contas públicas.
A divulgação de eventos e de informes para a imprensa também tem atrasado. A mudança de calendário dos saques dos valores a receber só foi informada durante o fim de semana.
Segundo entidades que representam os trabalhadores do Banco Central, o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, reuniu-se no último sábado (26) com servidores para discutir reajustes salariais e reestruturação de carreira.
As conversas, no entanto, não avançaram. Sem propostas oficiais, os funcionários aprovaram a greve por tempo indeterminado.
Informações por Agência Brasil
Foto de capa: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil