Exportações brasileiras de carne suína batem recorde com 138,3 mil toneladas em julho
Receita supera US$ 300 milhões pela primeira vez, impulsionada pela alta demanda internacional
As exportações brasileiras de carne suína alcançaram um novo recorde em julho, conforme divulgado hoje pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) durante o Salão Internacional de Proteína Animal (ABPA) em São Paulo. No mês, foram exportadas 138,3 mil toneladas, um aumento de 31,4% em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 105,3 mil toneladas.
A receita mensal também estabeleceu um novo recorde, superando pela primeira vez a marca de US$ 300 milhões, totalizando US$ 309,4 milhões em julho, um crescimento de 24,1% comparado aos US$ 249,4 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano, o volume exportado subiu 8,2%, com 752,1 mil toneladas exportadas entre janeiro e julho, em comparação às 695,1 mil toneladas no mesmo período de 2023. Entretanto, a receita acumulada no período registrou uma queda de 3,2%, totalizando US$ 1,609 bilhão, frente aos US$ 1,663 bilhão do ano anterior.
"O recorde nas exportações de carne suína reflete o momento positivo vivido pela suinocultura brasileira, com forte demanda internacional e diversificação de mercados. O Brasil vai se consolidando para alguns países como uma importante alternativa, com Filipinas e Japão ganhando destaque. As perspectivas indicam também números positivos para o fechamento do ano. O trabalho para abertura e ampliações de mercado capitaneados pelo Ministro Carlos Fávaro e sua equipe já dá resultados concretos. Seguiremos em busca de novas oportunidades para a carne suína", disse o Presidente da ABPA, Ricardo Santin.
As Filipinas lideraram as importações de carne suína brasileira em julho, com 27,2 mil toneladas, um aumento de 137,5% em relação ao ano passado. A China ficou em segundo lugar com 19,7 mil toneladas (-48,4%), seguida pelo Japão, que importou 11,3 mil toneladas (+235,1%), Singapura com 11,3 mil toneladas (+122,8%) e Hong Kong com 10,6 mil toneladas (+37,2%).
"Houve um forte incremento nos fluxos de exportações de carne suína do Brasil, com Filipinas, Japão e México como principais destaques. Filipinas, que recentemente aceitou o pré-listing, foi o principal comprador pela primeira vez da proteína suína em julho. Outro ponto destacado foi a cada vez maior presença no mercado japonês, que demanda produtos customizados e de maior valor agregado. No geral, a demanda internacional está aquecida e assim deverá permanecer nos próximos meses, inclusive com a melhoria recentemente observada dos indicadores da cadeia produtiva de carne suína na China", destaca o Diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua.
Fonte: ASCOM