Copom inicia hoje nova reunião para definir juros básicos
Expectativa é que taxa Selic suba de 5,25% ao ano para 6,25%
Economia
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), inicia hoje (21) em Brasília, a sexta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa é de um novo aumento da taxa, o que ocorreu nos últimos quatro encontros. A decisão do Copom será anunciada amanhã (22), ao fim do dia.
Com a alta da inflação nos últimos meses, a previsão das instituições financeiras é de que a Selic deve subir de 5,25% ao ano para 6,25% ao ano nesta reunião. A expectativa de alta está no boletim Focus, pesquisa divulgada toda semana pelo BC. Para o final de 2021, o mercado prevê que a taxa fique em 8,25% ao ano.
Os membros do Copom também sinalizaram, na ata da última reunião, que devem manter a elevação da Selic no mesmo patamar de 1 ponto percentual, mantendo uma política monetária mais contracionista diante da piora recente dos índices de preços.
Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Ela também é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulos públicos federais para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso gera impactos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Desse modo, taxas mais altas podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Inflação em alta
Para 2021, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%.
A projeção do mercado é de uma inflação fechando o ano em 8,35%, de acordo com o último boletim Focus. É a 24ª alta consecutiva da previsão das instituições financeiras.
Informações da Agência Brasil / Foto de capa: Marcello Casal Jr - Agência Brasil