Copa do Mundo amplia venda de carne brasileira a países árabes
Venda de frango e carne bovina ao Catar, sede do mundial, cresceu 66% e 31%, respectivamente

A Copa do Mundo de 2022 chega ao fim no próximo domingo (18) com um jogo que promete ser acirrado entre Argentina e França. Além da disputa em campo, a competitividade no período do mundial também refletiu no agronegócio, isso porque a presença de cerca de um milhão de torcedores estrangeiros nos países do Golfo impulsionou as vendas brasileiras de carnes.
De acordo com um levantamento realizado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, as exportações de frango para países que hospedam os turistas, como a Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes, Kuwait e Omã, que integram o bloco conhecido como CCG (Conselho de Cooperação do Golfo), avançaram 37,14% entre janeiro e outubro de 2022, totalizando US$ 2,059 bilhões. Já as vendas de carne bovina ao grupo cresceram 30,87%, gerando receita de US$ 459,53 milhões.
O Catar, país sede do mundial e que recebeu a maioria dos turistas, registrou o maior crescimento na compra de aves brasileiras, com ampliação de 66,71% e desembolso de US$ 177,98 milhões para as negociações com o Brasil.

De acordo com os dados, os embarques subiram de forma ainda mais expressiva nos meses que antecederam o mundial. Em julho, agosto e setembro, por exemplo, foram enviadas, em média, 11,58 mil toneladas de frango por mês ao Catar. A título de comparação, entre janeiro e junho a média foi de 7,99 mil toneladas.
No caso da proteína bovina, o Catar registrou o segundo maior crescimento em importação, logo atrás do Kuwait. Os embarques de derivados bovinos ao país avançaram 91,27%, totalizando US$ 31,45 milhões. Entre julho e setembro, os embarques foram intensificados para reforçar os estoques, com média mensal de 528,90 toneladas, frente às 478,22 toneladas registradas no primeiro semestre deste ano.
Para o secretário-geral da Câmara Árabe-Brasileira, Tamer Mansour, além da Copa, o Mundial de Clubes nos Emirados Árabes, as provas da Fórmula 1 na região e a retomada da peregrinação às cidades sagradas da Arábia Saudita foram fundamentais para as vendas de proteínas brasileiras. “Em todos os países vendeu-se mais carnes brasileiras. Em quase todos houve aumento nos volumes, a despeito dos esforços árabes para ampliar a produção local de proteínas”, destaca.
Ainda de acordo com a entidade, as exportações brasileiras para os 22 países da Liga Árabe totalizaram US$ 14,47 bilhões no período, alta de 25,71%, com frango, açúcar, minério de ferro, milho, soja, carne bovina e trigo posicionados na dianteira da pauta de comércio.
Com informações da Ascom/Câmara Árabe-Brasileira