Conselheira quer 'fusão' BRF-Marfrig avaliada pelo tribunal do Cade
Negociação passou somente pela superintendência do órgão, em setembro deste ano
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pode voltar a analisar, a partir desta quarta-feira, dia 20, a compra de ações da BRF pela Marfrig, anunciada no primeiro semestre e aprovada pel a superintendência do órgão em setembro deste ano. A reanálise da negociação de 24,2% ações– que tem força para criar uma gigante como a JBS – parte de duas novas manifestações.
A conselheira Lenisa Prado apresentou despacho com pedido de julgamento da negociação pelo tribunal do Cade.
Com as aquisições por opções e na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) elevaram a participação da Marfrig a 31,6% da BRF - uma fusão da Sadia e da Perdigão, marcas líderes do mercado nacional na produção de hambúrgueres, por exemplo.
Lenise Prado aponta exatamente risco para o mercado de hambúrgueres, em entendimento semelhante ao do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa do Consumidor), que também contesta a análise do caso somente pela superintendência.
A Marfrig é a segunda maior produtora de carne bovina do mundo e a BRF lidera a produção de carnes de frango e suíno no Brasil.