Clima favorável impulsiona boas colheitas de tomate na região de Caxias do Sul

Temperaturas amenas e chuvas regulares favorecem o desenvolvimento das lavouras, resultando em uma colheita promissora e preços estáveis para os produtores

28/03/2025 às 12:40 atualizado por Allana Ferrsouza - SBA
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As condições climáticas favoráveis nos últimos dias impulsionaram o desenvolvimento do tomate na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, o que deve resultar em boas colheitas. A colheita dos cultivos precoces já está encerrada, enquanto a dos tardios ultrapassa a metade. Não há problemas fitossanitários e a cotação do produto se estabilizou. O preço médio do tomate longa vida na Ceasa Serra foi de R$ 4,00/kg e na Ceasa Porto Alegre, R$ 5,00/kg. Já os produtores que vendem para intermediários receberam entre R$ 3,00 e R$ 3,50/kg.

A soja avançou significativamente, com 24% da área cultivada colhida, um aumento de 13 pontos percentuais em relação à semana anterior. A produtividade média está estimada em 2.240 kg/ha, mas com variações significativas. Enquanto algumas áreas, como o oeste do estado, sofreram perdas irreparáveis, regiões como o Planalto e os Campos de Cima da Serra apresentam boa produtividade, ultrapassando 4.000 kg/ha. Em zonas críticas, há grande demanda por cobertura do Proagro devido às perdas.

No geral, o ciclo da soja está quase concluído, com 43% das áreas atingindo a maturação. No entanto, a desuniformidade nas lavouras, causada por chuvas irregulares e rebrotes, pode prejudicar a qualidade e dificultar a colheita. Além disso, a umidade dos grãos está abaixo do ideal, o que aumenta os danos durante a trilha e compromete o rendimento. A falta de chuvas em março também ameaça reduzir os rendimentos, especialmente nas lavouras em floração e enchimento de grãos.

Quanto ao milho, a colheita avançou para 80%, sendo favorecida pela ausência de chuvas. A distribuição fenológica das lavouras está em estágios variados, com 9% em maturação, 9% em floração e enchimento de grãos, e 2% em desenvolvimento vegetativo. A produtividade foi estimada em 6.866 kg/ha, com uma redução de 3,5% em relação à previsão inicial devido à estiagem. No entanto, a qualidade dos grãos permanece boa, com teores de umidade em torno de 13%, o que minimiza descontos comerciais e facilita o processo de recebimento.

As condições climáticas de déficit hídrico em março impactaram o milho, especialmente nas áreas mais afetadas pela estiagem. Apesar disso, a qualidade dos grãos continua favorável, com pouca necessidade de secagem e uma boa fluidez operacional nos armazéns. Em termos fitossanitários, a pressão de doenças e pragas é baixa, mas a cigarrinha-do-milho e a lagarta-do-cartucho estão sendo monitoradas para controle químico em estágios precoces.

Em relação aos tratamentos fitossanitários, a maioria das áreas já completou os tratamentos necessários. Porém, alguns produtores continuam aplicando fungicidas em lavouras de maior potencial produtivo, mesmo sob condições de baixa umidade relativa do ar, desfavoráveis à incidência de patógenos. A situação continua sendo monitorada para evitar danos significativos à produção.

Informações: Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação RS