Brasil registra aumento nas importações de fertilizantes em 2024

Pelo porto de Paranaguá, chegaram ao país de janeiro a dezembro de 2024, 11 milhões de toneladas contra 10,3 milhões no mesmo período de 2023

30/01/2025 às 09:31 atualizado por Luiza Vonghon - SBA
Siga-nos no Google News

As compras externas de fertilizantes pelo Brasil atingiram o maior volume dos últimos cinco anos em 2024. Nos portos brasileiros, foram descarregadas 44,3 milhões de toneladas, um acréscimo de 8,3% em relação às 40,9 milhões movimentadas no mesmo período do ano anterior. A informação está presente na edição de janeiro do Boletim Logístico, divulgado nessa quarta-feira (29/01) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Pelo porto de Paranaguá, ingressaram no país entre janeiro e dezembro de 2024, 11 milhões de toneladas, frente a 10,3 milhões no mesmo período de 2023. Já nos portos do Arco Norte, o volume foi de 7,52 milhões em 2024, comparado a 5,97 milhões no ano anterior. No porto de Santos, foram recebidos 8,88 milhões de toneladas no ano passado, contra 8,56 milhões no mesmo período de 2023.

O Boletim Logístico também aponta que a principal cultura agrícola do país, a soja, teve um aumento nas exportações pelos portos do Arco Norte. Em dezembro último, 34,8% das exportações nacionais passaram por esses portos, superando os 33,8% registrados no mesmo intervalo do ano anterior.

Fretes 

No que se refere ao setor de transportes, o Boletim indica que, na Bahia, o fluxo logístico para o escoamento de grãos recuou em relação a novembro. Com a diminuição da demanda, observou-se uma queda nos valores dos fretes na maior parte das localidades analisadas no estado. No Distrito Federal, foram verificadas pequenas oscilações nos preços em relação às rotas pesquisadas. Já os fretes para os portos de Paranaguá, no Paraná, e Santos, em São Paulo, permaneceram estáveis ou apresentaram variações mínimas de preços.

Em Goiás, a procura por fretes na cidade de Rio Verde em dezembro foi reduzida, algo esperado para essa época do ano, segundo transportadoras. Para a maioria dos trajetos, os preços dos fretes diminuíram, com exceção de algumas rotas específicas com origem em Cristalina e Catalão. Apesar do baixo fluxo, as demandas pontuais enfrentaram certa dificuldade para encontrar caminhões disponíveis.

No Maranhão, durante dezembro, não foram registrados fretes rodoviários para o transporte de soja com destino ao porto do Itaqui ou ao Terminal Ferroviário de Porto Franco, devido à ausência de estoques. Em Mato Grosso, o mercado de fretes rodoviários apresentou baixa movimentação, mantendo um ritmo lento no final do ano. Houve redução nas tarifas em praticamente todas as rotas que têm o estado como ponto de partida. Já em Mato Grosso do Sul, os preços dos fretes sofreram oscilações negativas, influenciadas pela disponibilidade de produtos para transporte.

Em Minas Gerais, o Boletim ressaltou que, no setor cafeeiro, as exportações são conduzidas por cooperativas e empresas exportadoras, que mantiveram os preços dos fretes no patamar histórico, impulsionados pela boa demanda. No Piauí, o mercado de fretes em dezembro permaneceu retraído, refletindo diretamente nos valores cobrados para as principais rotas de escoamento da produção agrícola do estado.

 

Informações: Companhia Nacional de Abastecimento