Agroindústria em transformação: Mato Grosso do Sul renova suas cadeias produtivas

Estado investe em inovação, sustentabilidade e diversificação para fortalecer a competitividade no setor agroindustrial

09/06/2025 às 12:25 atualizado por Redação - SBA
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Mato Grosso do Sul vivencia uma renovação nas cadeias produtivas da agroindústria, com avanços principalmente no setor sucroenergético e de florestas. Esta realidade foi destacada durante o debate “Cadeias Produtivas da Agroindústria” na sexta-feira (06) no 5° Interagro 2025, realizado no Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho.

A mesa redonda foi comandada pelo secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck e contou com a presença do secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta, do diretor-presidente da Reflore MS, Júnior Ramires, do diretor de Suprimentos da Adecoagro Mariano de Santis e o vice-presidente da Aprosoja MS, André Dobashi. O evento ainda discutiu os mercados da soja, industrialização e encadeamento produtivo.

O secretário Jaime Verruck salientou a importância da diversidade das cadeias produtivas.”Com os setores sucroenergético e florestal nós temos, na verdade, uma grande saída do produtor rural. Essa é uma grande avaliação. Nós não temos produtor de cana e não temos produtor de floresta. Essas áreas estão todas na lista remanescente desse processo de arrendamento, usufruto das cadeias produtivas. Elas absorveram essa fase da produção e que pode ser uma boa em termos de rentabilidade, mas quando olhamos o mapa de risco, você efetivamente está retirando da cadeia da soja. Quer dizer, a soja você não tem a integração vertical como as duas outras cadeias. Hoje estamos trabalhando nisso.”, salientou.

Ele salienta que a cana, a floresta e a soja são as cadeias produtivas que efetivamente estão levando ao processo de industrialização. “As duas cadeias produtivas florestais elas não nascem antes da indústria, elas são concomitantes. Hoje é mais fácil fazer uma indústria de quatro bilhões de dólares do que produzir e começar a fazer a base florestal. No caso da soja temos hoje mais uma indústria de soja em construção em Navirai, ampliação da ADM e a Aliança. Com isso a ideia é de aumentar o processamento”, pontuou.

Já o secretário-executivo Rogério Beretta falou sobre a  transversalidade das atividades. “Hoje o Estado consolida agropecuária com a suinocultura, avicultura e a piscicultura. Isso mostra a transversalidade da pecuária. Muitas dessas cadeias são totalmente transversais em relação a soja, no caso do espaço, a possibilidade da utilização da segunda safra, no caso da da cana. Temos o uso de resíduos de suínos para produção de biometano. No caso o eucalipto o Estado vem fazendo o deslocamento da pecuária, mas em áreas de pastagens já degradadas. Então, eu entendo que a pecuária tem uma complementação muito interessante” sinalizou.

Finalmente, Verruck ressaltou ainda que o Estado elegeu os setores produtivos que devem ser mais  competitivos nos próximos anos que são: proteína animal, florestas, bioenergia e citricultura.

Informações: Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação(Semadesc)